sábado, 27 de março de 2010

A última Poesia!

Acordo, desvairadamente sereno
Como o tresloucado poeta
Que sua morte feliz e quieta
Havia premeditado no sonho ameno!

"Tenho estado à espera",
Ouvi dos lábios lúgubres
Da Morte! E seus braços fúnebres
Se abriam: "É o fim da primavera!"

Alegre e desesperado, chorei:
"Mas e meus amores, tantas
São as mulheres a quem amei,

E minhas poesias e melodias?
Diga-me, são essas as últimas?"
Vazio... Sentia o fim das energias!


Ecos do Além-Túmulo:

Casei-me com essa beldade, a Morte,
E com ela danço alegremente abraçado,
Depois de meu corpo por ela dilacerado,
Grito vividamente: "Que Sorte, Que Sorte!"

Um comentário:

Seguidores