À minha Flor, eterna Agnes, eterna Falaenopolis!
Dorme, dorme! Viva no sonho
O amor que findou na vida!
E sonha a amada toda florida,
Seus cabelos amarrados ao monho!
E lembra dos beijos com ternura,
Dos abraços e do afago colorido,
Sente, dormindo, a loucura
Do amor que na vida fora esquecido!
E esquece o coração amargurado,
E o vívido afago desolado,
Esquece o seu toque e o desejo,
E viva toda a vida ansiando
Que, um dia não estando sonhando,
Possas sentir novamente seu beijo!
domingo, 25 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Morre o meu amor no cemitério!
Era a luz do luar que me iluminava!
E Eu carregava o corpo vivo e lúrido,
Corpo que haveria de se tornar pútrido,
Corpo que um dia no passado eu amava!
E Essa luz reveladora, tão triste e branca,
Parecia transmitir-me, desolada, a chaga
Que em seu coração morava, Como se uma adaga
Houvesse perfurado o peito da pobre Espanca!
Amo-te Florbela e não amo a mais ninguém,
Nem o outro, nem aquele, nem toda gente!
Queria teu amor, mas só tenho o teu desdém!
"Não há mais a paixão da Primavera florida",
Enterro-te aqui no cemitério, eternamente,
Seja este amor na morte, o que nunca foi na vida!
E Eu carregava o corpo vivo e lúrido,
Corpo que haveria de se tornar pútrido,
Corpo que um dia no passado eu amava!
E Essa luz reveladora, tão triste e branca,
Parecia transmitir-me, desolada, a chaga
Que em seu coração morava, Como se uma adaga
Houvesse perfurado o peito da pobre Espanca!
Amo-te Florbela e não amo a mais ninguém,
Nem o outro, nem aquele, nem toda gente!
Queria teu amor, mas só tenho o teu desdém!
"Não há mais a paixão da Primavera florida",
Enterro-te aqui no cemitério, eternamente,
Seja este amor na morte, o que nunca foi na vida!
sábado, 3 de abril de 2010
O Poeta e a Andarilha
Vivia eu, poeta lânguido e demente,
A ouvir o ruído bem profundo
Do marulhar apaixonado, oriundo
Do rio sanguíneo a correr eternamente!
Vivia eu, poeta lascivo e vagabundo,
A provar do gosto amargo e latente
Da paixão! Até que, por uma indigente
Fui apaixonar-me! Por um ser imundo
Que me roubou as calças, as vestes
E o coração! Murmúrios: "Soubestes
Do Poeta enamorado da pedinte?",
E Riam! Como pudera eu, desvairado
Admirador do sexo descompromissado,
Casar-me com a feia moça sem dente?
A ouvir o ruído bem profundo
Do marulhar apaixonado, oriundo
Do rio sanguíneo a correr eternamente!
Vivia eu, poeta lascivo e vagabundo,
A provar do gosto amargo e latente
Da paixão! Até que, por uma indigente
Fui apaixonar-me! Por um ser imundo
Que me roubou as calças, as vestes
E o coração! Murmúrios: "Soubestes
Do Poeta enamorado da pedinte?",
E Riam! Como pudera eu, desvairado
Admirador do sexo descompromissado,
Casar-me com a feia moça sem dente?
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