quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Duplo-Soneto da Efervescência

- I

Fui ao encontro do teu Gélido
Mar, com o desejo de apagar
Esta chama que vive a queimar
Este meu ansioso peito Cálido!

Nas águas então, achei o sereno
Amor que me davas! A Paixão
Plena e bela, oriunda da conjunção
Dos nossos amores helenos! Pleno

Eu agora me sentia, a incinerar
A água que me encobria,
Que agora a me esquentar

Apaixonadamente perdida, vivia!
Floresci à explosão astral pelo ar,
Cintilações duais! Amada, eu te sentia!

- II

E também sentia o teu Amor,
Tão perto de mim embora tão distante;
Queria ser esse ser assim, errante,
Para que pudesse beber de teu Calor!

Mas bebia apenas da abençoada
Água ardente da Saudade,
E a saudade ardente da Deidade
Querida, desejada, ostracizada,

Fervia lá dentro, bem no fundo
Desse coração incendiado
Pelas chagas de um lugar imundo

Em Que havia me trancafiado!
Sou agora este tolo sitibundo
Que bebe do mar, por ti, desesperado!

Um comentário:

  1. "E também sentia o teu Amor,
    Tão perto de mim embora tão distante;
    Queria ser esse ser assim, errante,
    Para que pudesse beber de teu Calor!"
    Lindo isso!
    Adorei essa Fred!
    ;*

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