quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Olhar de Ajna

Despertou olhando Shiva:
Que tudo de um sonho não passava,
Que a sensação que lhe engolfava
Era fruto de uma outra perspectiva!

Nascia do olho que tudo vê:
Que a realidade nova era mais fina,
Como se tivessem arrancado a cortina
Que você mesmo separa de você !

O Silêncio arrebatador de estar
Supra-consciente enquanto sonhar,
Adentra e reflete no espelho la do fundo!

Reflete, e penetra, e ausculta tanto,
Que lhe faz dissolver-se em pranto
Quando olha acordado para o mundo!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Prelúdio para a noite de um poeta!

Deitara e decidira sonhar: Seus músculos relaxavam enquanto adentrava no mundo onírico do subconsciente, enquanto a tênue linha que sustenta a realidade era apagada e reescrita pelos sonhos. Era um bar, escurecido pela noite, à meia-luz provinda de postes espalhados pela rua; Via-se alguns loucos boêmios a jogarem uma estranha partida de um não-tão-comum jogo, de uma não-tão-estranha forma, a rirem e regozijarem suas perdidas juventudes! Éramos em oito distintas pessoas, cujos rostos não me recordo bem; sentia o coração batendo mais acelerado quando olhava para aquela extravagante mulher e o reflexo da lua vindo de seus óculos. Em que distinto planeta estaria eu vagando? De qual mísero e sofrível ser vinha tal vislumbre apaixonado e amargurado, incerto? De que tresloucado surgia a necessidade de sentir aquela fragrância há muito esgotada? Se sentia pena dele ou de mim, já não podia mais dizer, conforme a sensação de ser quem sou e não quem estava sendo durante o devaneio me transbordava mais e mais! Mas sentia pena: trocou/troquei impérios de ouro, infindáveis mulheres belas pela incerteza de um amor cujas chances de florescer já não mais existiam, pela tola esperança de que uma flor possa desabrochar durante o outono! Rodei em torno do meu próprio corpo para mudar o cenário. Estava novamente no quarto: Sonhos...

Seguidores