sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Conjunções Alegórico-Artísticas...

Introduzindo a Alegoria:


Estudo em Mí Menor (F. Tárrega)


In a Sentimental Mood


Paris e a Jambração!


Cintilações Astrais

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Não me vistes ?

Ora te amo, Ora te odeio,
Ora te odeio, Ora te amo!
E te amo quando acaricio teu seio,
E te odeio quando surda ao meu reclamo!

Mas, quando surda também te amo,
E no teu seio também te odeio;
Te odeio quando por ti chamo,
E não me ouves, nem quando gorjeio!

Não sei se te quero distante,
Ou se te quero aqui bem perto...
Sei que te quero, e que te quero bastante!

E amo esse destino incerto:
Ora te odeio, Ora te desejo!
Ora teu desprezo, Ora teu beijo!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Zazen

Sentia fortemente a pulsar em minha aorta
O Dissolver da palavra inteira!
Desespero, parecia toda a carreira
Futura de poeta estar morta!

Vibravam, la no fundo, os sonhos
Estilhaçados pelo silêncio arrebatador!
E todos meus "eus" ficavam tristonhos
Ao perceberem a sombra do buddha interior!

Sonhos: Não mais os tenho!
Nem saberia como explicar
Como essa inania verbal há de me agradar!

Como há de o poeta ferrenho,
A mente e a palavra abandonar
E, quieto, continua, aqui-agora, a versar?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O Demente velho e a Cicuta

Henry Hudson, 49 anos entardecidos pelas lamúrias da vida, era hoje um homem, ainda que impossível conceber tal fato, entristecido por vislumbrar o findar daquela única coisa que podia dizer possuir: a vida. Era alto, esbelto, carismático e as pessoas que o conheciam não podiam deixar de notar sua singularidade, seu charme, seu glamour. Possuía longos cabelos enegrecidos, zelava mal por eles quando era necessário que fossem banhados, entretanto sentia-se feliz por possuir aqueles fios mal penteados, desarrumados, frisados, algumas vezes encaracolados. Seus olhos, velados pelos óculos arcaicos que se situavam em seu fino rosto, eram verdes como duas das mais belas esmeraldas. Seu corpo era esguio e coberto de pêlos, lembrava-se ainda que raramente dos momentos em que suas coxas eram magras e imberbes, antigos tempos em que a felicidade jorrava de seu íntimo e refletia naquele tudo que não era, nem nunca foi, nem nunca poderia ter sido. Seu humor nos faz lembrar de um violento mar, ora estava no ápice da onda emergente, ora estava no fundo do oceano ao lado dos bentônicos seres, entretanto, conforme a terra girara em torno do sol, sua meditatividade aumentaria e cada vez mais conseguiria manter-se em equilíbrio com a existência terrestre, assim estabilizando-se ao topo do mar, tal qual Jesus quando caminhava pelas águas.

Sua mente não podia parar de pensar sobre os lúgubres anseios do dormir que viria, sem talvez, um futuro acordar. O não-ser de Henry apenas observava o seu pensar, este último completamente inundado pelo pavor de se perder, de se tornar a gota d’água a se desmanchar no vasto oceano. A situação que nos encontramos, nós, humanos terrestres pode parecer-te, caro leitor ingênuo, cruel, inescrupulosa, e talvez fosse. Ao completar 50 ciclos terrestres, o ser humano em questão deve dirigir-se para a Corte Gerontológica mais próxima e tomar a pílula da morte, nomeada belamente como ‘Cicuta’, pelos mais intelectuais. Claro, o estado não poderia gastar o pouco dinheiro que lhe resta, gastar os poucos recursos terrestres para manter idosos com as capacidades físicas e intelectuais degeneradas; não poderia, nem deveria.

O Sr. Hudson, pobre saxofonista de um esquecido jazz, residia na cidade de Manchester, na Bretanha; Restava-lhe um mês, um simplório ciclo mensal para que a Cicuta lhe tirasse os restos de energia vital presentes em seu invólucro espiritual; Sentia-se feliz, sempre quis saber, pressentir o não-fim. Seu sax soava com mais feeling do que nunca; quando tocava apenas a música existia, seu ser evaporava, e gostava de comparar tal situação com a morte. Essa deveria ser como o ecoar do metal em suas mãos, não há um instrumentista, apenas as notas flutuam pelo ar, alegrando aqueles de bom ouvido.

-Preparem-me um banho, eu vou – disse Henry, a seus amigos e companheiros musicais, que dividiam aquele apartamento desleixado e mal cuidado. Eles, não entendiam o que o saxofonista proferia, suas palavras cada vez mais faziam menos sentido lógico. Ele sempre se auto declarava demente, insano, louco pela emotividade da arte, mas não tão ilógico, irracional quanto agora. Vinte e quatro horas depois do breve discurso, os devaneios do futuro não-Henry sofrem calefação, em um simples instante, aqueles líquidos pensamentos somem, esvaem-se, e o tão melodioso instrumentista percebe a sensação de todo o oceano penetrar-lhe em sua gota d’água, esta que nem podia-se dizer existir mais; momentos depois o corpo dele falece, aos 49 anos e 336 dias. Ao lado da banheira de água outrora quente, um bilhete: - Fui encontrar-me com o divino! A folha seca caí da árvore, mas a árvore não se esforça.

domingo, 25 de julho de 2010

Teu Perfume!

Por favor, queria mais uma vez
Outra dose da tua fragrância!
Sentir perto teus lábios, talvez
O Afago e o amor! A dor e a ânsia!


Dizem-me Louco, imundo viciado,
Não nos fármacos, tampouco
Em teus beijos! Por amar, Louco,
As não-carícias, amar não ser amado!


Uma! Uma dose a mais de teus dramas!
Deixa eu sentir a tua tortura,
Teu reclamo, tuas pernas, tua doçura!


Deixa eu sonhar que ainda me amas
Como outrora havias me amado,
Como se nunca houvesses me deixado!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

-Como trapacear no "Dedos" ?

Nada de poesia hoje!
=]

Como todos sabemos, dedos é uma brincadeira infantil, ainda utilizada por adultos, para sortear quando necessário, alguém da roda para realizar determinada função:
Jogar no Gol durante a pelada, Decidir quem vai buscar a bola, quem acenderá a churrasqueira, Quem começa jogando, etc... Existe uma maneira fácil de prever, dependendo da quantidade de pessoas e do número colocado nos dedos, em quem vai 'cair' o último número!
A fórmula (da qual tive a idéia durante um sonho hoje), é simples

(T - X) / P = N

T = Total contado nos 'dedos'
X = Posição que vai cair
P = Quantidade de Pessoas
N = Número Natural (e necessariamente natural)...

Como faremos isso tão rápido e na hora fred? Simples, vc vai dando a pinta que vai contar, contando os dedos e talz! Não deixe ninguém interferir!... Na maioria dos casos, quem sair acaba se fundendo (e panz) ... Ou seja, você que deu a pinta que vai ser o contador, tem que simplesmente desistir quando o (T - 1) / P = N !... O que isso significa? é simples, nós mortais que sabemos o básico da tabuada (rs), sabemos os múltiplos do número de pessoas da roda...
Se P = 5 -> Múltiplos úteis: 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50 ...
Se T for igual a qualquer desses múltiplos +1, desista e deixe otra pessoa contar...

Exemplo:
Está la Gabriele jogando futebol com suas amigas... ai elas decidem tirar dedos para decidir quem vai jogar no gol... 'Deeeeedos'; Gabriele já assume a ponta e começa a contar (ela também nota que existem 4 pessoas no recinto além dela, ou seja, um total de 5)! "Dedos Totais" deu 31... Esperta, ela fica quieta, e não conta... espera algum mongo começar a contar, pois obviamente 31, em 5 pessoas, vai cair em quem começou a contar! Se o número fosse qualquer um, diferente de: 6, 11, 16, 21, 26, 31, 36, 41, 46, 51, ela contaria rápido, sem dar oportunidade para outra pessoa contar... =P!

Sabemos que dedos é utilizado apenas para 4 pessoas ou mais (3 ou menos utilizamos Jo-Ken-Pô ou '2 ou 1'), ou seja, vou deixar aqui já pronto, o que você deve evitar:
P = 4 -> 5, 9, 13, 17, 21, 25, 29, 33, 37, 41
P = 5 -> 6, 11, 16, 21, 26, 31, 36, 41, 46, 51
P = 6 -> 7, 13, 19, 25, 31, 37, 43, 49, 55, 61
P = 7 -> 8, 15, 22, 29, 36, 43, 50, 57, 64, 71
P = 8 -> 9, 17, 25, 33, 41, 49, 57, 65, 73, 81
P = 9 -> 10, 19, 28, 37, 46, 55, 64, 73, 82, 91
P = 10 -> 11, 21, 31, 41, 51, 61, 71, 81, 91, 101

Em poucos casos, você tem que ser aquele sortudo a ser sorteado! Nesses casos, é mais difícil, pois você tem que ficar esperto em que posição você precisa estar, para cair em você, e convencer o simples mortal certo a contar... Pensemos na Gabriele de novo, ela está numa roda de 6 pessoas novamente, e quem sair, vai ser o primeiro a jogar play 3! Supomos que a conta deu 27: então 27 - x/ 6 = N (que é natural), ou seja X tem q ser a posição 3, pois (27 - 3)/6 = 24/6 = 6 (que é um número natural)! Logo, você tem q convencer todo mundo, que quem deve contar é o 2º cara da sua direita, nesse caso! ...

Espero que tenham gostado das dicas! =*

terça-feira, 20 de julho de 2010

Samsara de um Poeta apaixonado!

Amo-te na madrugada minha flor,
E depois acordo com a fragrância de maçã,
E Te amo novamente durante a manhã,
Ainda que ardam no peito o exílio e a dor!

Caminho em solitude durante o Alvor,
Sinto teu cheiro florido de hortelã,
Espero chegar a tarde, para que meu Amor
Por ti, tenha agora, este sabor de romã!

Chega o nascer-da-lua e a noite escura,
E Volto a te amar e beijar tua doçura
E beijar teus lábios com sabor de avelã!

E Te amo mesmo durante os eclipses,
Precisariam de Milhares de apocalipses
Para que não te amasse de novo amanhã!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Soneto ao Carrasco e à Derrota!

Tragam 190 milhões de corações
Para que este impetuoso Carrasco
Traga, com dois cruéis golpes, o Fiasco
Da nossa dentre as outras seleções!

As margens plácidas do Ipiranga ouviram
O Choro desolado e retumbante da Vuvuzela!
Por quê, de última instância, abriram
As portas que o trancafiavam à cela?

Nossos bosques não tem mais vida,
Tão pouco a vida, hoje, tem amores!
Aonde estão seus grandiosos fulgores?

Brasil, hoje é terra árida e não garrida,
É tristeza com seu seio dilacerado,
É covarde com nosso peito amargurado!

domingo, 23 de maio de 2010

Nasce o Inverno e Morre a Primavera

No silêncio fúlgido do anoitecer,
Na quietude notívaga do campo
Ouvia os estalos do gotejar
Lacrimal que nascia lamuriado!

Campo florido, Coração amargurado,
Amor em abundância a te envenenar!
Choviam meus olhos, Peito em relampo
Com o vislumbre da orquídea a desvanecer !

Ai... Ânsia infinita inverbável,
Raras essências no escuro a brilhar,
Cintilações Astrais em meio à ventania!

Gritava, e a boca nada dizia!
Chorava, e os olhos ali a desejar
Que teu esvaído perfume fosse infindável!


E desejava... Muito... Mas não era...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Lágrimas do Samadhi

Mudo... Somem as palavras e a inquietação...
Vejo a luz, toco o céu azul,
Aspiro ao nascer do Sol ao sul,
Vislumbro o Belo, Canto à ascensão!

Ergo as mãos! Sinto o brilho da manhã,
Expando-me à serenidade fluvial,
Arrepia-me o belo florido roseiral
E os morangos e as amoras e a maçã!

Abro as asas e vou por ai voando,
Despreocupado, livre, chorando
A lágrima feliz da liberdade!

Tolo! Por tanto tempo pedi à razão
Que me desse o que ardia no coração!
Tampouco sabia eu que somente sou na vacuidade!

domingo, 25 de abril de 2010

O Beijo Terno

À minha Flor, eterna Agnes, eterna Falaenopolis!


Dorme, dorme! Viva no sonho
O amor que findou na vida!
E sonha a amada toda florida,
Seus cabelos amarrados ao monho!

E lembra dos beijos com ternura,
Dos abraços e do afago colorido,
Sente, dormindo, a loucura
Do amor que na vida fora esquecido!

E esquece o coração amargurado,
E o vívido afago desolado,
Esquece o seu toque e o desejo,

E viva toda a vida ansiando
Que, um dia não estando sonhando,
Possas sentir novamente seu beijo!

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Morre o meu amor no cemitério!

Era a luz do luar que me iluminava!
E Eu carregava o corpo vivo e lúrido,
Corpo que haveria de se tornar pútrido,
Corpo que um dia no passado eu amava!

E Essa luz reveladora, tão triste e branca,
Parecia transmitir-me, desolada, a chaga
Que em seu coração morava, Como se uma adaga
Houvesse perfurado o peito da pobre Espanca!

Amo-te Florbela e não amo a mais ninguém,
Nem o outro, nem aquele, nem toda gente!
Queria teu amor, mas só tenho o teu desdém!

"Não há mais a paixão da Primavera florida",
Enterro-te aqui no cemitério, eternamente,
Seja este amor na morte, o que nunca foi na vida!

sábado, 3 de abril de 2010

O Poeta e a Andarilha

Vivia eu, poeta lânguido e demente,
A ouvir o ruído bem profundo
Do marulhar apaixonado, oriundo
Do rio sanguíneo a correr eternamente!

Vivia eu, poeta lascivo e vagabundo,
A provar do gosto amargo e latente
Da paixão! Até que, por uma indigente
Fui apaixonar-me! Por um ser imundo

Que me roubou as calças, as vestes
E o coração! Murmúrios: "Soubestes
Do Poeta enamorado da pedinte?",

E Riam! Como pudera eu, desvairado
Admirador do sexo descompromissado,
Casar-me com a feia moça sem dente?

sábado, 27 de março de 2010

A última Poesia!

Acordo, desvairadamente sereno
Como o tresloucado poeta
Que sua morte feliz e quieta
Havia premeditado no sonho ameno!

"Tenho estado à espera",
Ouvi dos lábios lúgubres
Da Morte! E seus braços fúnebres
Se abriam: "É o fim da primavera!"

Alegre e desesperado, chorei:
"Mas e meus amores, tantas
São as mulheres a quem amei,

E minhas poesias e melodias?
Diga-me, são essas as últimas?"
Vazio... Sentia o fim das energias!


Ecos do Além-Túmulo:

Casei-me com essa beldade, a Morte,
E com ela danço alegremente abraçado,
Depois de meu corpo por ela dilacerado,
Grito vividamente: "Que Sorte, Que Sorte!"

terça-feira, 23 de março de 2010

Falaenopolis

Caos! Tudo por fora tão agitado
E tudo por dentro tão silencioso...
Como pode tudo surgir, do Eu ocioso,
E em nada ser transubstanciado ?

Ordem! Tudo por fora tão quieto
E tudo por dentro tão conturbado,
Do vácuo, tudo germina, nadificado!
Da plenitude, tudo se dizima, repleto!

Ouso-te a dilacerar essa atonal
Poesia que hoje, feliz, desabrochou:
Sorri, chora e canta para ti este belo fado,

Minha Falaenopolis! Corre o fluvial
Verso nas veias minhas, flor, eu que sou
Nada de ti ausente e Tudo ao teu lado!

domingo, 7 de março de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Voa, Amor! Voa e Floresce!

Abri meu terceiro globo ocular
E lobriguei ao amor em liberdade!
Ele voava e cintilava, que beldade
Era ver-te ali, a voar e a queimar!

Abri a terceira cavidade nasal
E aspirei o amor em liberdade!
Desabrochava a flor do roseiral
Como o amor floresce da serenidade!

Abri esse tolo coração apegado
E lhe dei, com a alegria em meu rosto,
Um pouco desse cheiro e desse gosto,

Um pouco da cálida liberdade
A que lobriguei em teu sagrado
Fulgurar! Amo-te e não tenho saudade!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

"Feux Follets"

Cintilavam as pequenas bolhas de vapor
No obscuro pântano em que a caminhar
Estava! Ludibriavam-me, e vou fogo-fatuar
Ao lado delas, combustões insanas do torpor!

Levam-me por caminhos de horror,
E caminho a trilha que me faz rememorar
Minha sanidade, meus medos, meu Amor;
Flores, Harpas, Violinos e seu fúlgido Olhar!

Revelam belos jardins existenciais
Em meio ao temível não-conforto
Da lama e do odor; estranhos roseirais

Desabrochando ao lado do homem aborto
A quem lobrigo nos espelhos akáshicos comunais!
Florescem as Sensações! Hiperestesia... Estou Morto!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Duplo-Soneto da Efervescência

- I

Fui ao encontro do teu Gélido
Mar, com o desejo de apagar
Esta chama que vive a queimar
Este meu ansioso peito Cálido!

Nas águas então, achei o sereno
Amor que me davas! A Paixão
Plena e bela, oriunda da conjunção
Dos nossos amores helenos! Pleno

Eu agora me sentia, a incinerar
A água que me encobria,
Que agora a me esquentar

Apaixonadamente perdida, vivia!
Floresci à explosão astral pelo ar,
Cintilações duais! Amada, eu te sentia!

- II

E também sentia o teu Amor,
Tão perto de mim embora tão distante;
Queria ser esse ser assim, errante,
Para que pudesse beber de teu Calor!

Mas bebia apenas da abençoada
Água ardente da Saudade,
E a saudade ardente da Deidade
Querida, desejada, ostracizada,

Fervia lá dentro, bem no fundo
Desse coração incendiado
Pelas chagas de um lugar imundo

Em Que havia me trancafiado!
Sou agora este tolo sitibundo
Que bebe do mar, por ti, desesperado!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Roubei-lhe o Coração!

- Fitei-te! Bela, muito bela e sensual
Mostrava-te! Quis te roubar as ternas
Mãos e os seios e os lábios e as pernas,
Furtar-te inteira, todo teu corpo bestial!

O alvoroço começou na taberna:
- Perdoa-me, mas é um infortúnio pessoal
Que eu tenha que, de forma natural,
Arrancar-lhe a tua parte que é verna!

Segui minhas próprias palavras de forma literal,
Dilacerei-te toda com minha afiada e cordial
Adaga! Joguei-te toda la fora, dentro da cisterna,

Guardei-te apenas o coração austral,
Esse por quem me apaixonei de forma torrencial;
Lágrimas e gritos ecoavam: Amo-te Maviosa Ernna !

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