sábado, 27 de março de 2010

A última Poesia!

Acordo, desvairadamente sereno
Como o tresloucado poeta
Que sua morte feliz e quieta
Havia premeditado no sonho ameno!

"Tenho estado à espera",
Ouvi dos lábios lúgubres
Da Morte! E seus braços fúnebres
Se abriam: "É o fim da primavera!"

Alegre e desesperado, chorei:
"Mas e meus amores, tantas
São as mulheres a quem amei,

E minhas poesias e melodias?
Diga-me, são essas as últimas?"
Vazio... Sentia o fim das energias!


Ecos do Além-Túmulo:

Casei-me com essa beldade, a Morte,
E com ela danço alegremente abraçado,
Depois de meu corpo por ela dilacerado,
Grito vividamente: "Que Sorte, Que Sorte!"

terça-feira, 23 de março de 2010

Falaenopolis

Caos! Tudo por fora tão agitado
E tudo por dentro tão silencioso...
Como pode tudo surgir, do Eu ocioso,
E em nada ser transubstanciado ?

Ordem! Tudo por fora tão quieto
E tudo por dentro tão conturbado,
Do vácuo, tudo germina, nadificado!
Da plenitude, tudo se dizima, repleto!

Ouso-te a dilacerar essa atonal
Poesia que hoje, feliz, desabrochou:
Sorri, chora e canta para ti este belo fado,

Minha Falaenopolis! Corre o fluvial
Verso nas veias minhas, flor, eu que sou
Nada de ti ausente e Tudo ao teu lado!

domingo, 7 de março de 2010

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