domingo, 23 de maio de 2010

Nasce o Inverno e Morre a Primavera

No silêncio fúlgido do anoitecer,
Na quietude notívaga do campo
Ouvia os estalos do gotejar
Lacrimal que nascia lamuriado!

Campo florido, Coração amargurado,
Amor em abundância a te envenenar!
Choviam meus olhos, Peito em relampo
Com o vislumbre da orquídea a desvanecer !

Ai... Ânsia infinita inverbável,
Raras essências no escuro a brilhar,
Cintilações Astrais em meio à ventania!

Gritava, e a boca nada dizia!
Chorava, e os olhos ali a desejar
Que teu esvaído perfume fosse infindável!


E desejava... Muito... Mas não era...

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